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05/02/2015

AGENTES PENITENCIÁRIOS E PM PRESSIONAM GOVERNO DE PERNAMBUCO

Associação de Cabos e Soldados pleiteia a promoção imediata para sargento de todos os que possuem mais de 20 anos de serviços e para cabo os que já atuam há dez anos ou mais

No Pernambuco 247

O Governo de Pernambuco acelerou o ritmo para tentar uma saída negociada com policiais e bombeiros militares, além de agentes penitenciários, para evitar que as categorias entrem em greve durante o Carnaval. Em reuniões realizadas nesta quarta-feira (4), o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sidaspe- PE) e as associações que representam os militares não aceitaram as propostas apresentadas pelo poder público.

A ameaça de paralisação mais imediata parte dos agentes penitenciários, que ameaçam cruzar os braços por 48 horas já neste final de semana. A categoria cobra do Governo do Estado a aquisição de 800 coletes à prova de balas, além da contratação imediata de 132 agentes aprovados em concurso público. Segundo representantes sindicais, caso não haja avanços nas discussões a categoria deverá paralisar as atividades neste final de semana.

Segundo o Sidaspe, os 700 coletes atualmente em uso estariam vencidos. Sobre a contratação dos novos profissionais, o governo alega que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) finalizou um documento comprovando a conclusão dos procedimentos legais necessários à contratação que foi encaminhado à Secretaria de Administração para efetivar a nomeação dos agentes.

No final de janeiro uma série de motins nos presídios do Estado resultou na morte de cinco pessoas - quatro detentos e um policial militar - e levou o governo a decretar situação de emergência no sistema prisional.

Já o resultado das discussões entre o Governo e os policiais e bombeiros militares foi considerado positivo por ambos os lados, apesar de não se ter chegado a um acordo para evitar a greve. O maior entrave diz respeito às promoções destes profissionais. O governo apresentou a proposta para promover 3.794 policiais, além de assegurar aumentos no valor referente ao vale refeição e na gratificação paga aos motoristas. O impacto nos reajustes, incluindo as promoções, é estimado em cerca de R$ 50 milhões.

Já a Associação de Cabos e Soldados pleiteia a promoção imediata para sargento de todos os que possuem mais de 20 anos de serviços e para cabo os que já atuam há dez anos ou mais nas duas corporações. Caso este pleito seja atendido, cerca de 6,9 mil policiais seriam promovidos. Segundo o secretário de Administração, Milton Coelho, atualmente só é possível abrir 1,5 mil vagas para cabo e outras 900 para sargento. "Estamos demonstrando disposição para negociar propostas que o Governo possa cumprir", disse. Os policiais e bombeiros farão uma assembleia no próximo dia 10 para decidir se entram ou não em greve. O Governo do Estado já adiantou que pedirá auxílio de tropas federais caso os policiais paralisem as atividades.

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