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A vereadora do Recife Marília Arraes (PSB) anunciou apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e ao senador Armando Monteiro neto (PTB), postulante ao Governo de Pernambuco. A situação não teria nada demais se não fosse por um detalhe. Marília é prima do ex-governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB). Embora ainda permaneça na legenda socialista, a vereadora não poupou críticas a direção do partido e disse não "ter medo de cara feia" e que também não teme retaliações. Ela também criticou o discurso da nova política adota por Campos e condenou a sua candidatura à Presidência da República. "Não acho que a candidatura de Eduardo Campos seja a melhor para o Brasil", disparou.
"Não sei como Eduardo vai explicar a população que o projeto que Lula defende não é o melhor para o Brasil", disse Marília em uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (18). Segundo ela, as críticas feitas por Campos contra o governo da presidente Dilma "são infundadas". Para a vereadora "o PSB passou do limite da coerência", no que diz respeito à política de alianças e que não irá apoiar a candidatura do ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara a Governo do Estado porque "os critérios usados para se escolher o governador nunca se viram". Para ela, a escolha de Paulo Câmara para ser o candidato da Frente Popular aconteceu de maneira biônica.
Marília também bateu forte contra o discurso da nova política pregado por Campos. Segundo ela, na realidade, o que vem sendo praticado "é uma política mais velha do que a que se fazia no tempo de Miguel Arraes", disse referindo-se ao avô. O desconforto de Marília já vem de algum tempo. Desde o anúncio de que Paulo Câmara havia sido o escolhido para disputar o Palácio do Campo das Princesas, ela já havia externado a sua posição contrária aos critérios empregados na decisão.
Ela também se queixou da falta de apoio para se lançar como candidata a deputada federal. No entrevero mais recente ela criticou o que chamou de "intervenção" da direção do partido para que João Campos, filho de Eduardo Campos, assumisse a diretoria da Juventude Socialista Brasileira (JSB) em Pernambuco. Diante da reação de Marília e de outros membros da JSB, João Campos optou por desistir da indicação.
O presidente estadual do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, declarou ao Blog do Jamildo considerar normal a atitude de Marília Arraes declarar apoio a chapa rival. Segundo ele, esta situação é natural em processos eleitorais e exemplificou dizendo que muitos membros da coligação Pernambuco Vai Mais Longe também trocaram de lado e estão no palanque de Paulo Câmara. Apesar das críticas, ela reconheceu como legítima a candidatura de Campos à Presidência. "Sempre foi militante, ao contrário dos candidatos que ele escolher", disparou.
Ao saber do anúncio feito por Maríia, o senador Armando Monteiro disse "louvar a dissidência no partido, pela coragem de enfrentar a hegemonia do partido. Marília Arraes revela muita fibra" Ele negou que vá fazer uso do fato durante a campanha eleitoral e que não acredita que o PT, seu aliado, também vá fazer uso político do ocorrido durante a campanha presidencial.
De acordo com o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), as conversas com Marília foram feitas nos últimos dias. Segundo o parlamentar, ele teia comunicado ao presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, sobre o desconforto pelo qual Marília estaria passando no PSB e a consequente possibilidade dela vir a apoiar a presidente Dilma na disputa pela reeleição.
Por AÍ se tira a situação do candidato Paulo Cãmara e Eduardo Campos, estão completamente perdidos
ResponderExcluira casa caiu falta só cair na realidade Eduardo Traira e Paulo Imposto.
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